De saúde encontrei muitas alternativas terapêuticas, percebi que quando nos abrimos para a cura da alma vamos encontrando as portas certas para entrarmos. A terapia de regressão a vidas passadas foi uma dessas portas. Eu estava freqüentando a Igreja Messiânica, e em uma das boas e ricas conversas com o pastor ele me emprestou o livro “Muitas Vidas, Muitos Mestres” de Brian Weiss. Depois desta leitura decidi procurar um terapeuta que realizasse este tipo de trabalho.
Logo na primeira sessão ele me entrevistou e me informou que as regressões iniciais seriam apenas em situações da vida atual, e que depois iríamos mais profundo buscando as possíveis causas dos problemas que eu enfrentava.
Após a hipnose o terapeuta me conduziu a um lugar tranqüilo em que pude relaxar me preparando para descer uma escada imaginária que, em todas as sessões, me levada a reviver situações passadas em outras épocas.
Tive a dimensão do aprofundamento do trabalho quando na terceira sessão ele me levou a hora de meu nascimento, momento em que experimentei um medo profundo de chegar a este mundo. Esta foi à primeira experiência intensa que revivi, e que não sei dizer como me ajudou a renascer com mais coragem e amor pela minha mãe e toda a minha família.
Reviver esta situação para mim foi importante porque eu sentia que meu nascimento estava envolto em muitos sentimentos conflitantes, que me faziam sentir culpada. Quando revivi a situação percebi que minha mãe e todos que estavam ao meu redor estavam com medo e raiva, pois eu representava o fruto da quebra de regras sociais muito sérias para o ano de 1969: ter um filho sem casamento. Embora lidar novamente com a situação tenha sido difícil me ajudou a superar o sentimento de culpa presente até aquele momento em minha vida, pois tive condições de compreender que o problema social em questão não foi criado por mim, mas por uma sociedade rígida que procura nos enquadrar dentro de modelos que não comportam a diversidade da vida.
Todas as semanas arrancávamos mais uma camada dos medos neuróticos e ansiedades de Catherine. A cada semana ela parecia um pouco mais serena, flexível e paciente. Estava mais confiante e as pessoas se aproximavam dela. Sentia-se mais amorosa e era retribuída. O diamante oculto de sua verdadeira personalidade cintilava aos olhos de todos.
As regressões vasculhavam milênios. Cada vez que entrava em transe, eu sabia onde iriam emergir os fios de suas vidas. Das cavernas pré-históricas, do antigo Egito aos tempos modernos – ela estivera lá. E em todas elas supervisionada carinhosamente, de algum lugar fora do tempo, pelos mestres. Na sessão de hoje ela surgiu no século XX, mas não como Catrerine (WEISS, 2009, p. 76).
Através da regressão a vidas passadas consegui assimilar outras emoções e sentimentos mal resolvidos em tempos passados, que não irei entrar em detalhes neste momento. O essencial é deixar claro que esta terapia, assim como todas as outras aqui apresentadas, podem nos ajudar a resolver apenas alguns problemas específicos de nossa história, mas não se aplica a todas as dificuldades que temos, pois cada terapia oferece abordagens que contribuem para a resolução de questões diversas, de acordo com nosso estágio evolutivo, resgates cármicos e aprendizados da consciência.