Autoquestionamento: sinal de saúde

Autoesquecimento

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Exerço a profissão de professora há 11 anos e gosto muito de ensinar, embora perceba ser uma missão dificílima, pois implica encontrar um caminho para me conectar com os alunos de uma maneira que possamos compartilhar os conhecimentos que adquirimos durante a vida, independentemente do assunto que eu esteja abordando. No exercício de ensinar pude, na relação com os alunos, reaprender o que ensino por diversas vezes. Esta semana enquanto ia para a universidade, mais uma vez meditava sobre a melhor maneira para me comunicar com os alunos, me lembrei de Paulo Freire, pedagogo que defendia um método em que o aprendizado se realiza quando os educandos encontram suas próprias respostas para enfrentar os desafios da vida. Então decidi começar a aula levando questionamentos ao invés de oferecer respostas. Iniciei cada uma das aulas pedindo que os alunos respondessem questões sobre o assunto que iriamos estudar, o resultado foi muito bom, porque fomos descobrindo juntos os caminhos para compreender cada um dos conceitos abordados. Percebi que as minhas respostas foram enriquecidas pelas respostas de cada um que se encontrava em sala, o aprendizado aconteceu em comunhão. O caminho para entender a vida e as saídas para as dificuldades que enfrentamos está no aprendizado da capacidade de fazermos perguntas e encontrarmos respostas que esclareçam quem somos e o que precisamos melhorar, neste processo pessoas que comunguem conosco são essenciais. Considero o exercício de autoquestionamento uma das principais características de uma pessoa saudável.