Desde criança entendo que nossos problemas resultam do egoísmo, da incapacidade de ir além dos desejos pessoais. Olhamos para o mundo e encontramos o que precisa de melhorias sem conhecer ou assumir nossas próprias dificuldades. Reclamamos de um mundo sem humanidade, quando somos insensíveis as dores dos que nos rodeiam. Reclamamos do nosso trabalho sem perceber que, na maioria dos casos, queremos mais que merecemos.
Minha vida ganhou outras cores quando saí do perfil de vítima. Tenho conseguido êxito em muitos de meus projetos por assumir meus limites, por pedir ajuda quando preciso, por reconhecer minhas desonestidades, meus deslises, por me envolver com os problemas de pessoas que me pediram ajuda, com a defesa dos animais e dos direitos daqueles que não tem voz.
Conheço pessoas inteligentes com um discurso bem articulado, mas com pouca disponibilidade para fazer sacrifícios pelos seus próprios sonhos, que reclamam da vida esperando que uma mudança caia do céu. Há alguns anos decidi mudar e agir como eu esperava que agissem comigo, entendi que se queria conviver com pessoas honestas precisava praticar a honestidade, se queria conviver com pessoas generosas, precisava aprender a doar, se queria ser compreendida, precisava compreender. Enfim, entendi que temos em nossa vida exatamente aquilo que expressamos, sentimos e praticamos. Entendi que a coerência entre meus pensamentos, sentimentos e ações criavam a realidade desejada. Simples assim.