Nascemos e somos educados com os valores e ideias de nossos familiares, crescemos e absorvemos valores e ideias de amigos e da cultura em que vivemos. Nos tornamos adultos e passamos a reagir aos acontecimentos movidos pelas ideias e valores que, na maioria das vezes, nunca questionamos. Em minha experiência como professora e terapeuta observo a dificuldade que nós, seres humanos, temos para receber o diferente, seja uma religião, uma opinião, uma recomendação etc. A rejeição que temos com o diferente está relacionada aos nossos preconceitos, com o que diverge das ideias e valores que carregamos. Os PRECONCEITOS impedem nosso crescimento, eles são na maioria dos casos a fonte das enfermidades. Pois quando a vida nos chama para o autoconhecimento temos medo de reconhecer que nós mesmos não nos encaixamos dentro do arcabouço teórico que tínhamos sobre a vida. E por termos muitos preconceitos em relação a inveja, ignorância, fragilidade, sensibilidade, etc, preferimos criar a fantasia de que somos perfeitos e que o mundo é que está todo errado. Assim nos tornamos críticos de plantão, falamos de religião, de ética, política, economia, amor etc., mas nunca sobre nossas dificuldades de amar, de administrar nossas contas, de sermos sinceros, etc. As pessoas mais saudáveis que conheci até hoje conseguem olhar para suas imperfeições e vencer os preconceitos para aproveitar a vida sem restrições. Diante das dificuldades elas pedem e aceitam ajuda até mesmo daqueles que defendem pontos vista opostos aos seus, choram sem medo de serem consideradas fracas, dão gargalhadas sem medo de serem consideradas mal-educadas. Estas pessoas podem compartilhar um momento de oração em um templo de qualquer religião, quando doentes experimentam novas receitas, se expõem a novos tratamentos, pesquisam novos possibilidades de cura. Enfim estas pessoas cuidam para que seus preconceitos não prejudiquem sua saúde.