O inconsciente abriga os segredos da doença e da Saúde

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A nossa saúde emocional é o resultado:

1) do inconsciente pessoal, a história que construímos para nós, dos pensamentos, emoções, sentimentos e ações que cultivamos em vidas anteriores e na atual;

2) do inconsciente coletivo, a história coletiva que foi construída pela raça humana, estabelecendo a maneira como devemos perceber e estar no mundo;

3) do inconsciente Superior, de nosso aprendizado para a evolução da consciência, o caminho que precisaremos percorrer para crescer emocional, mental e espiritualmente.

Grande parte das doenças que enfrentamos resultam de emoções e sentimentos destrutivos ou do medo de assumir responsabilidades. Neste caso, a cura depende da nossa capacidade de transformação, de um processo que inclui autoconhecimento e disciplina.

A história emocional que carregamos em nossos registros, responsável por grande parte do sofrimento que experimentamos, está guardada no que Freud denominou de inconsciente pessoal, um arquivo de conteúdos emocionais proibidos e reprimidos que evitamos enxergar ou admitir. Segundo Freud, reprimimos grande parte das lembranças emocionais, muito da história que vivemos fica escondida, alegrias, tristezas, medos, dúvidas, terror e conflitos, o que em algum momento de nossas vidas pode aparecer em forma de problemas psiquiátricos e psicológicos.

Essa ligação entre inconsciente e repressão data dos primeiros tempos da teoria psicanalítica de Freud. Os fios do pensamento consciente aparecem como um aglomerado casual de elementos descontínuos apenas porque a maioria de suas conexões associativas foi reprimida. Nas palavras de Freud, sua teoria da repressão é a “pedra fundamental para a compreensão das neuroses” – e não só delas. A maior parte do inconsciente consiste de materiais reprimidos. Esse inconsciente, como foi definido por Freud, não é o segmento da mente que abriga pensamentos temporariamente fora de vista, facilmente evocados: este é o que chamou de pré-consciente. Pelo contrário, o inconsciente propriamente dito se assemelha a uma prisão de segurança máxima com reclusos anti-sociais, definhando há anos ou recém-chegados, tratados com rigor e fortemente vigiados, mas dificilmente controlados e sempre tentando fugir. Suas fugas apenas têm êxito de modo intermitente, e a alto preço para si e para os outros. Portanto, o psicanalista que trabalha para desfazer, pelo menos em parte, as repressões, deve necessariamente reconhecer os graves riscos aí postos e respeitar o poder explosivo do inconsciente dinâmico (GAY, 1995, p. 131).

* Texto extraído do Livro Saúde Emocional, pag. 21.