Em minha caminhada vivenciei e vivencio conflitos emocionais que me deixam angustiada, estas situações envolvem pessoas muito queridas ou colegas de trabalho que preciso conviver diariamente. Nestes momentos em que não sei como resolver estas situações, para me tranquilizar desenvolvi um hábito que tem me ajudado a esclarecer os motivos do conflito, e em alguns casos encontrar uma maneira de reaproximação.
Em meio as dúvidas e certezas geradoras do conflito emocional procuro um lugar tranquilo e escrevo uma carta para a pessoa envolvida na situação, nesta procuro explicar como me sinto e as minhas razões para estar aborrecida. Com calma vou me expressando através de palavras que me ajudam a dissipar a agustia que apertava meu peito e, em muitos casos, encontrar meios para fazermos acordos conciliadores.
Estas cartas são terapêuticas porque me ajudam a elaborar conteúdos difíceis que geralmente estão relacionados a sentimentos de incompreensão e rejeição. Pois o que preciso essencialmente é ser amada e compreendida. Com o tempo percebi que a grande maioria de minhas angustias e conflitos emocionais resultam da dificuldade que tenho de acolher as pessoas em suas diferenças, justamente a razão de meu aborrecimento, então resolvi estabelecer acordos que me possibilitasse viver e aprender através das razões, percepções e jeitos divergentes dos meus.
Algumas vezes entreguei as cartas, outras não. Entreguei quando vi a possibilidade de que elas servissem de ponte entre eu e a pessoa que estava distante. Em alguns casos percebi que a carta era minha, eu era a única na situação que tinha condições de flexibilizar e propor acordos de paz. As cartas terapêuticas tem o objetivo maior de reaproximação, independentemente de quem tenha a razão no conflito. Leia uma carta para o amor.