Nos preocupamos muito em ter saúde, mas ainda temos muita dificuldade em relacionar as doenças físicas ao nosso comportamento. Princialmente na cultura ocidental insistimos em acreditar que vivemos em uma realidade caótica, em que os fatos ocorrem sem uma causa específica.
As tradições espirituais orientais que fundamentam as práticas integrativas complementares como a acupunturara e a medicina ayurvédica relacionam os desequilíbrios físicos com os desequilíbrios comportamentais. Estas tradições explicam que a razão fundamental para nossas doenças é nossa incapacidade de amar a Deus e toda a sua criação. Eles apontam o egoísmo, ganância, medo, desejo e agressividade como as fontes geradoras das enfermidades.
Dethlefsen e Dahlke (1996), autores do livro “A doença como caminho¨ explicam que escondemos de nó mesmos a existência de sentimentos e comportamentos que consideramos feios ou maus. C C. Jung designou sombra este lugar em que escondemos tudo o que não aceitamos em nós: egoísmo, ganância, medos, desejos e agressividade.
Dethlefsen e Dahlke (1996) seguindo a lógica compreendida pelas tradições orientais entendem que na sombra está a fonte das nossas enfermidades e que nela está o caminho para a evolução espiritual e saúde.
Estudando estas teorias podemos concluir que a cura definitiva para os nossos males está em descobrir e transformar o que guardamos escondido de nós mesmos, mesmo que seja assustador. Lá encontraremos o que mais rejeitamos, mas ao mesmo tempo a oportunidade de ampliar verdadeiramente nossa capacidade de amar e assim conquistar mais saúde. Enfrentando nossos conflitos poderemos compartilhar nossos saberes, nossos bens, nossa vida. Dentro desta racionalidade saúde e amor são sinônimos, portanto seremos mais saudáveis quanto mais amarmos a vida em suas diversas expressões, cuidando dos seres humanos, dos animais e da natureza.